Análise do BBB 14, por Evandro Calafange
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Big
Brother Brasil: não tão big assim.
Sabe-se
que para um reality show fazer um sucesso rebatador, faz-se
necessário selecionar os participantes certos. Aqueles que provoquem
o amor e o ódio do público. Quem não se lembra da trajetória de
Diego Alemão, Siri e Fanny? Com certeza muitos choraram com o
sofrimento de Siri, tiveram muita raiva de Fanny por ela ter ficado
entre o casal sensação da edição. No entanto muitos torciam para
que a garota desinibida conquistasse o coração do Alemão, assim
ele esqueceria a Siri.
Sem
dúvida nenhuma, o público chegou as lágrimas no dia da eliminação
de Íris. Principalmente no exato momento que ela e seu “amado”,
Diego Alemão, encaminhavam-se até a porta de saída e o tema
musical do casal invadiu o momento. Depois disso, a emoção ficou a
flor da pele do telespectador com os embates do mocinho (Diego) e o
vilão (Cowboy). Era de dá vontade de invadir a televisão e
espancar o vilão. Ou seja, um verdadeiro folhetim das 9h da noite da
TV Globo. E falando em tema musical, quem não se lembra e não
associa a música de Beyoncé ao casal Max e Francine.
Assim
como os atos preconceituosos do Doutor Rogério contra o professor
Jean Wyllys, hoje deputado. E a cena antológica representada por
Mariana Felício. O exato momento que Mari em pranto observava Daniel
Saulo beijando Roberta embaixo de uma deliciosa ducha no ambiente
externo da casa. A exclusão e o choro de Kléber Bambam por Maria
Eugênia. E a volta de Marcelo Dourado, sua trajetória na sua
segunda chance e seu jeito explosivo de ser. Como você pode perceber
através dos relatos anteriores, o programa já teve vários momentos
inesquecíveis. Esses são apenas alguns.
Mas
agora te pergunto, qual momento dessa 14º edição ficará na
memória do público? Talvez nenhuma. Os participante não foram
capazes de cativar de forma profunda o público. Tanto fazia assistir
como não assistir. O que não acontecia em edições antológicas.
Cada hora, dia, semana perdidos eram como se faltasse algo no dia a
dia do telespectador.
No
entanto, tenho que ser justo. Nos últimos dias, precisamente, após
a saída de Roni. O Marcelo tornou-se o centro das atenções do
público. Primeiro por sua profunda tristeza após perder os carinhos
da periguete, que não sei o nome. Não lembro mesmo. E da saída do
grande amigo-irmão. Mas o que marcou mesmo foi as investidas em
Angela, a relação conturbada dos dois. E as brigas com Aline e a
sensacional com Cássio.
Pelo
menos isso. Se todos os participante fossem do naipe de Marcelo, essa
edição teria ficado para a história. Contudo, foi mais uma. Agora
é esperar pelo final e ver no que vai dar. Sinceramente eu espero
que o Marcelo leve esse prêmio de R$ 1,5 milhão. Afinal ele foi o
único que causou alegria e talvez ódio ou algum outro sentimento
nos telespectadores.
Evandro Calafange de Andrde
Natal, 29 de março de 2014.